11 July, 2007

Natalidade

Em 2006 nasceram menos 4100 crianças que no ano anterior de 2005. Não foi à minha pala porque por acaso fui pai no ano passado mas isto faz-me pensar nas razões inerentes para isto acontecer:
O nivel de vida das pessoas tende a baixar de ano para ano, os incentivos à natalidade não são nenhuns, na maioria dos casais trabalham os dois, cada vez há mais contraceptivos, o acesso à informação é cada vez maior e casos brutais como o rapto da Madeleine são passados em toda a comunicação social dia após dia enquanto a noticia venda tal como toda a criminalidade contra crianças, simplesmente o pensamento de hoje do "sou muito novo para ser pai" que eu acho que é o maior entrave à natalidade de hoje em dia. Cada vez mais os jovens de hoje apegam-se aos pais e à segurança do seu lar pelas mais variadas razões tais como as dificuldades económicas, os estudos a acabar ou simplesmente a espera pela pessoa certa, mas e o medo desta gente em constituir familia? Ter dependentes? Ser dependente vá lá mas a independencia traz um desafio muito grande à cabeça de muita gente e não estou a falar da independencia económica porque esse é só um aspecto do termo complexo que é a independencia e o maior aspecto é sem duvida a responsabilidade que todos fogem com o cu à seringa o maximo que podem.
Eu não sou religioso, por isso tambem acho que o sexo apenas para procriar é um dogma estupido que não se enquadra na actualidade em que vivemos, mas também o esperar por dias melhores para satisfazer a vontade biológica da paternidade/maternidade não funciona na maioria dos casos porque esses dias nunca chegam e já diz a sabedoria popular "tudo se cria".
Não sou politico mas, se não se põem a pau, com o fecho das mais diversas maternidades e com os incentivos que o Zapatero propôs há dias de dar 2500€ por cada nascimento, que os numeros nos próximos tempos ainda desçam mais já que prevejo uma acentuada exportação de grávidas... Uma curiosidade é o nosso governo comparar-nos sempre que pode e que comvém aos restantes países da união europeia e nós sermos dos únicos países que simplesmente não tem uma comparticipação directa à natalidade.
Acho que indiquei as razões principais para que este flagelo que afecta directamente a nossa piramide etária, torna a nossa população cada vez mais idosa e traz cada vez mais problemas ao nosso país económicamente e geográficamente.