29 April, 2009

Uma frase simples

"Os sonhos tornam-se realidade.
Sem essa possibilidade,
a natureza não nos incentivaria a tê-los"

John Updike

22 April, 2009

Trabalho!!!

Estou pelo Lux desde Novembro... Comecei a trabalhar em Fevereiro...
O primeiro patrão que tive é português, gosta da cerveja e dos almoços que nunca acabam, deixava os homens a trabalhar (eu e o meu colega) e ia almoçar com o sócio tambem português.
Tabalhei como servente, aqui diz-se manoeuvre, a pedreiro, um pouco de pintura, enfim um pouco de tudo.
Fez-me um contrato de três meses que me deu para assinar uma semana depois de eu ter começado a trabalhar para depois me despedir dentro dos 15 dias de ensaio que estão previstos pela lei. Passou-se assim: sempre trabalhei bem e nunca ouvi uma critica negativa ao meu trabalho, num dia disse-me que só tinha trabalho de manhã, até aí tudo bem, telefona-me por volta das 19 horas diz-me que no dia seguinte não tinha trabalho e que me telefonava. No dia seguinte recebo a carta de despedimento. Sem me dizer uma palavra. Tentei telefonar-lhe, não atendia, não percebi... Fiz-lhe uma espera á porta de casa. Esperei por ele uma hora uma hora e meia... quando chegou ao pé de mim até parecia que viu um fantasma. Lá me explicou as razões dele......razões de merda......usou-me enquanto precisou.
O segundo patrão igualmente português, igualmente adepto da boa pinga, do género quero tudo feito e mais nada porque eu é que mando.
Trabalhei a limpar os chantiers que são os locais de obra. Tinha de raspar todo o gesso do chão e cortar os excessos que se encontravam nas paredes rente ao chão.
Duas semanas de trabalho ao negro a arriscar ser apanhado pela duane (policia fiscal) quando passava a fronteira com a França para ir descarregar o lixo que saía dos chantiers com a carrinha da firma sujeito a apanhar uma multa que era eu que a pagava por trabalhar ao negro e por levar o lixo para lá da fronteira e certa manhã telefona-me e diz para eu passar no depósito dele deixar a carrinha e ir ter com ele ao escritório para tratar do contrato e tal (palavras dele ao telefone). Eu todo contente vou ter com mas quando chego ao escritório nada de patrão, telefono para ele diz-me que teve um encontro com um cliente e que quando estivesse perto do escritório ele dava uma apitadela... esperei... nesse dia nada. Como de água fria o gato escaldado tem medo montei barraca á porta do escritório dele e telefonei de 5 em 5 minutos para saber o que se passava... Nisto chega a secretária e explico a situação, ela telefona para ele e este diz para eu deixar o papel das horas preenchido para fazerem-me as contas. Com este eu já estava á espera porque ele dizia que eu era muito lento, demorava muito tempo a limpar cada chantier mas não aconslho este trabaçho a ninguêm não é facil passar o dia a raspar gesso... Resumindo só não percebi a história do contrato e porque é que teve de ser a secretária a dizer-me.
Até aqui foi tudo directo com os patrões.
O terceiro patrão foi a Adecco, empresa de trabalho temporário.
Meteram-me a trabalhar numa empresa que faz as fachadas de vidro dos edificios.
O patrão também português.
Assim que cheguei ao chantier achei logo estranho... não se fazia nada... até pensei que depois de ter trabalhado que nem um cão para os outros, que agora é que estava bem, nem os chefes tinham trabalho para nós e eramos mais que as mães. Nisto alguém diz vem aí o Zé e mete-se tudo em sentido a fingir que estavam a trabalhar. Pelos vistos o patrão, o tal Zé, não tinha trabalho para a malta toda mas estava a ganhar por cada homem que lá metia, por isso o tal teatro. Só trabalhei 4 dias. Ainda hoje estou para perceber porque é que me mandaram embora... se calhar não fingia tão bem como os outros... Cheguei a estar 6 horas seguidas a fingir... impressionante... o tempo não passa...
O quarto e ultimo patrão que tive até agora foi outra empresa de trabalho temporário chamada Chrono.
Jardineiro.
Ao inicio foi pesado, passei quase duas semanas a carregar pedra com um carrinho de mão para encher uns canteiros á volta do edificio porque as máquinas não podiam passar por cima das pedras que compunham o caminho, estavam mal assentes, depois foi tranquilo, plantar, regar, marcações conforme o plano do jardim, etc.
O meu chefe é belga... Os portugueses que vão dar uma grande curva ao bilhar grande... O que salva a reputação é que não me ficaram a dever nada.