13 February, 2010

Mind Issues III

Sem querer esquecer qualquer animal ou organismo vivo que por aqui tem habitado, o Homem é, neste mundo, uma das máquinas mais habilitadas. Uma bio-complexidade daquelas capazes de atingir o extremo. Uma das razões, parte de ainda não se saber tudo sobre o ser Humano. Afinal, muitas das características e potencial do órgão mais poderoso que existe, ainda são desconhecidas. E o Homem teve a sorte (?) de o ter.
Continuamos cada vez menos, mas ainda em muito, uma incógnita. E o culpado é o nosso órgão pensante.
Mas antes de chegar ao cérebro, …
Somos uma complexidade "exagerada" pelo motivo de já sabermos os conceitos essenciais acerca do nosso funcionamento e de sabermos com isso, e aqui tal como os outros animais e outros seres vivos, que apesar de biológicos somos quase máquinas. Quase perfeições.
A quantidade de órgãos que temos, cada um a parecer mais importante que o outro, (desde o coração à pele) a ligação e interdependências dos mesmos, como se conjugam num todo, como se comunicam e a fluidez com que se nos apresenta o funcionamento interno de um corpo; demonstram bem a enorme complexidade que se nos pode ser atribuída. Não somos inferiores nem superiores a nada. Somos complexos.
Chegando agora ao homem e em particular ao cérebro. Apesar de faltar saber muito, aquilo que já se sabe de concreto, segue a linha, sem envergonhar, da complexidade do resto corpo, ou até complexifica a questão um pouco mais, uma vez que todos os órgãos ligados entre si estão obrigatoriamente ligados à torre de comando cerebral.
Pesa 1 quilo e meio, na maioria das vezes cabe na palma da nossa mão, mas no interior estão 100 biliões de neurónios que comunicando entre si, estabelecem 100 triliões de possíveis contactos. Consome 20% da energia que produzimos, controla tudo o que decidimos fazer (falar, andar, ficar) e também aquilo que fazemos sem ter que pensar (como respirar). Responsável pelos sentidos, memória, emoções, pensamento, ideias, e consequências físicas das mesmas, comportamento, personalidade.
Ficam algumas sugestões que aprazem o único nosso músculo que pensa.
Em jeito de compilação, cá vão:

Respiração cuidada.
Alimentação equilibrada (e aqui estamos num mundo onde se tem investigado muito, desde ómega 3, legumes e fruta, peixe, nozes, chocolate, muita água, etc, etc)
As portas de abertura para o cérebro aprender são o que cheiramos, provamos, tocamos, ouvimos, e vemos. Já agora, fazemos.
Aprender mais. Sempre. Criação de mapas mentais cada vez mais densos onde há maior possibilidade de ligações.
Estudar. Performance. Teoria. Prática.
Ler. (estimula praticamente todas as partes envolvidas na memória) Escrever. Visualizar imagens.
Exercícios de memoria, mentais, memorizar números de telefone, jogar palavras cruzadas, xadrez, quebra-cabeças, puzzles, fazer contas etc etc.
Realizar algumas acções quotidianas, como abrir portas, com a mão esquerda (para os destros e vice versa). Outras acções quotidianas realizadas de olhos fechados, como tomar banho.
Exercitar os olhos durante 30 segundos por dia, aproxima os dois hemisférios cerebrais.
Cortar legumes ou qualquer outro exemplo deste género (onde é exigido habilidade e uma atenção específica, porque o fazemos com algo susceptível de perigo).
Dormir em média 8,2 a 8,4 horas por dia (necessidade que varia por pessoa e depende também de outros factores como a idade).
Dançar.
Programas culturais diferenciados.
Exercício físico em geral.
Evitar auto diálogos pantanosos.
Reprogramar o estilo do nosso pensamento. Optimismo moderado.
Trabalhar. Diversão.
Evitar o isolamento. Favorecimento de contactos sociais, da rede real social, novas e antigas amizades.
Expressão de sentimentos e ideias; partilha de alegrias.
Chorar. As lágrimas verdadeiras têm uma composição diferente daquelas, que para quem sabe fazer, são sugeridas ou simuladas. As de verdade, libertam serotonina e noradrenalina, uma defesa química nossa que ajuda à dispersão da dor e ao alívio. O choro para além disso é um comportamento evoluidíssimo e exclusivamente humano.
Rir. Liberta tudo e mais alguma coisa. Faz bem e sabe bem. Existe até, yoga do riso (criado por um médico indiano, Dr. Madan Kataria, que se arrisca a afirmar que o sorriso “ajuda no processo de recuperação de todas as enfermidades/desequilíbrios).
Relaxar (o stress é nocivo ao cérebro e não só, como sabemos).
“Nada fazer” em 1 segundo por minuto, 1 minuto por hora, uma hora num dia, 1 dia numa semana, uma semana por mês, um mês por ano.