27 June, 2007

Two is better than one

A União faz a força. Duas ou mais mentes pensam melhor que somente uma. O povo unido jamais será vencido. A colectividade é a so(u)lução. È sempre positiva a união, juntam-se almas e forças, projectos e sonhos com um objectivo e metas comuns.
Porém, sem querer desfazer, por vezes, tem um aspecto escondido.
Chamam-se Oportunismo social.
Um “já agora” , ou um “já que assim é” social, inerente em todos nós.
Um exemplo claro é o jogo da corda, em que existem duas equipes que puxam a corda para seu lado … com o máximo das suas forças.
Sabe-se, no entanto, que “a força total exercida pelo grupo tende a ser menor do que a força de cada individuo isolado vezes o número de indivíduos”.
Ao que parece quando nos unimos, dilui-se a responsabilidade de cada um.
O peso desta, está agora distribuído por mais pessoas, onde cada uma dá menos de si.
Dói menos estar em grupo mas aconchegamo-nos um pouco mais, fazendo por isso,
um pouco menos!!!
A União já venceu muitas adversidades, que se constituíram como marcos na história do Homem. Muito do que criámos e construímos no Mundo dependeu e vive dela.
Imagino ainda assim, um utópico Mundo, no qual, em todas as situações,
cada um dá o mesmo em grupo, do que aquilo que realmente consegue quando está só...

…onde será que iríamos Nós?...
Tenderíamos mais para a pré-história, ainda a descobrir o fogo,
ou já antes, construiríamos mundos onde todos têm Pão e Voz.

Vencedores e Derrotados

Quando um vencedor comete um erro, assume dizendo "enganei-me" e aprende a lição.
Quando um derrotado comete um erro, diz "a culpa não foi minha" e responsabiliza terceiros.

Um vencedor sabe que a adversidade é o melhor dos mestres.
Um derrotado sente-se vitima perante uma adversidade.

Um vencedor sabe que o resultado das coisas depende apenas de si.
Um derrotado acha-se perseguido pelo azar.

Um vencedor enfrenta os desafios um a um.
Um derrotado contorna os desafios e nem se atreve a enfrentá-los.

Um vencedor compromete-se, dá a sua palavra e cumpre.
Um derrotado faz promessas, não cumpre e quando falha só se sabe justificar.

Um vencedor diz: "sou bom mas ainda posso e vou ser melhor"
Um derrotado diz: "não sou assim tão mau, há bem piores que eu"

Um vencedor ouve, compreende e responde.
Um derrotado não espera a sua vez de falar.

Um vencedor respeita os que sabem mais e tenta aprender algo com eles.
Um derrotado resiste a todos os que sabem mais e apenas se fixa nas suas falhas e nos seus defeitos para os confrontar.

Um vencedor diz: "deve haver uma melhor maneira de o fazer"
Um derrotado diz: "sempre fizemos assim, não há outra maneira"

Cabe-vos a voçês escolherem quem querem ser... É nas atitudes do dia a dia que se definem os vencedores e derrotados.

26 June, 2007

Afinal podemos?

Ontem vi a nova publicidade da Vodafone que está muito fixe realmente, mas deixou-me indignado... É que segundo esta nova publicidade o download de filmes é agora mais rápido. Mas o download de filmes não é ilegal??? ou afinal podemos???
Se passarmos pelo Bairro Alto ou noutros pontos da cidade de Lisboa encontramos lojas especializadas em vender todo o tipo de produtos para o consumo de cannabis ou derivados, tais como mortalhas, cachimbos, bongos (cachimbo de água), etc. Em Aveiro abriu uma loja (smart shop) chamada Cogumelo mágico. A liberalização já aconteceu??? Afinal podemos???
Não há um computador que hoje em dia não venha já, pelo menos, com um gravador de DVD para podermos gravar tudo e mais alguma coisa... Mas isso não é pirataria??? Afinal podemos???
Como estas situações, de certeza, que se encontram muitas mais que agora não me vêm à memória mas pessoalmente acho engraçado que se possa adquirir todas as ferramentas necessárias para depois proibir a sua finalidade... Será demagogia ou afinal podemos???

22 June, 2007

Hoje vi três barcos

hoje vi três barcos na baía do Seixal,

todos eles pequenos como mandam os antepassados.

aquela luz não me enganou... e logo ali, num instante , descobri mais um

um barco cintilante e que me atraiu e arrastou...

de longe eu sabia que era o meu,

de longe que eu sabia que era o bombear das teclas daquela tasca desafinada...

mas aquele barco não me soava nada mal....abracei-o e afundei-me com a suas mágoas

... e o barco não me soou nada mal,

para um barco no Seixal, não esteve nada mal…

(ZT)






obrigado pelo convite! até já!

Sede de Cifrão

Uma vez perguntaram a Confúcio:

"O que o surpreende mais na humanidade?"

Confúcio respondeu:

"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro
e depois perdem o dinheiro para a recuperar.
Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se não tivessem vivido...

20 June, 2007

A descarga da musica...

Até hoje já ouvi ou li milhões de definições sobre o termo musica. Por mais ciclica que se apresente, recicladora até mais não, inovadora ou misturada nas mais diferentes, complexas ou simples, influências de estilos musicais, a musica não toca a todos da mesma forma. Quantas vezes já ouvimos alguém dizer que não gosta desta ou daquela musica, que a outra é só barulho, que esta é que é, que esta outra é boa mas aquela é de mais. Comparações infinitas. Tudo para definir um termo que para mim é indescritivel e indefinivel, a musica. Podem vir os criticos, os agentes, os relações publicas, produtores, presidentes das record labels e até os próprios musicos, nunca irão conseguir definir a musica de uma forma universal, apenas exprimir uma opinião sobre ela.
Há até quem afirme que não gosta de musica, inimaginável na minha cabeça. Eu penso que estas pessoas apenas ainda não ouviram a musica que lhes toca...
O que leva as pessoas a ouvir musica?
Será as suas alegrias, infelicidades, frustrações, raivas ou nervos acumulados?
Eu acho que é a descarga da musica que na minha opinião tem duas vertentes:
1. O que a musica vai buscar ao individuo.
todo o conjunto de emoções sejam elas boas ou más que a musica desperta no individuo que o faz ter comportamentos como o dançar, saltar, vaiar, usar drogas para aguentar mais tempo ou para ouvir a musica de uma outra forma, emitir opiniões sobre o que ouve etc.
2. O que o individuo vai buscar á musica.
todo o conjunto de emoções, situações e estados de espirito que levam o individuo a ouvir musica, sejam provenientes da convivência com outros individuos ou das peripécias da vida do próprio, ou apenas pela ausência das mesmas emoções tentando chegar ao expoente maximo budista de paz de espirito.
Existem mil e uma maneiras de ouvir musica e mil e um estilos de musica para ouvir. Nem sempre nos apetece ouvir a mesma musica nem ouvir sempre o mesmo estilo. Às vezes apetece-nos dançar, outras vezes apenas viajar, umas vezes apetece-nos esquecer outras relembrar e é engraçado porque se reparamos bem temos uma musica associada a todas estas situações.
Será que a nossa selecção musical é a nossa banda sonora?...

19 June, 2007

- Sei lá!!!

Tabuada do 1

Eu sei ser
Tu sabes ser
Ele sabe ser
Nós sabemos ser
Vós sabeis ser
Eles sabem ser.
Porém é liberdade, conseguir perceber
Que todos, temos muuuuuito que aprender!
O quê?
………A ser.




"Aprender a ser-sendo(...)Um buscar a si mesmo no pensar o ser que é e o não-ser que não é.
Dante Augusto Galeffi


Democracia

Para que servem os partidos???
Se um individuo está recenciado em idade para votar que escolhas tem à sua disposição?
Sempre as mesmas caras, as mesmas frases eleitorais, campanhas após campanhas e no fim será que escolhemos as pessoas que nos representam?
Tenho a certeza que não, que escolhemos os nossos representantes não pela obra feita mas por serem um mal menor quando comparados com outros. Quem diz que esses canditados são as pessoas certas para o lugar são os partidos politicos mas são certas para quem? para o chamado senso comum ou para eles próprios que os nomeiam?
Eu não acredito nos partidos politicos e, embora sabendo que são a base da democracia e do estado de direito, abomino o controlo de ideias que exercem sobre os seus militantes. Obviamente que temos que abdicar de algumas exigências ou ideias a favor da unidade ou da maioria, mas serem castigados das mais diversas formas e muitas vezes exonerados dos próprios partidos por terem ideias divergentes é uma completa demagogia num estado de direito com liberdade de expressão como se auto-intilulam as sociedades modernas da actualidade.
A titulo de curiosidade gostava de enumerar alguns exemplos que simplesmente acho um ultraje:
1. O deputado do queijo Limiano, Daniel Campelo (CDS/PP), foi exonerado por ter dado o voto que faltava ao executivo de António Guterres (PS) para aprovar o orçamento de estado porque tinha a convicção que a alteração de algumas alineas ao documento simplesmente iriam ajudar o seu concelho a prosperar. É agora autarca independente na camara de Ponte de Lima.
2. Toda a ala ortodoxa do PCP sofreu mazelas por evidenciar que o próprio partido precisava de uma revolução ao qual todos os dirigentes se opuseram e o resultado foi a exoneração de dois dos mais carismáticos militantes do partido.
3. Todos os autarcas que estão hoje no banco dos réus são candidatos independentes eleitos pelo povo já depois de serem indiciados, querendo isto dizer que se calhar não são tão maus quanto os próprios partidos os querem mostrar, porque quem supostamente devia mandar, ou seja, o povo quer estas pessoas no poder.
Não quero, por estes exemplos, dizer que estes individuos é que são os herois e nunca puxaram a brasa à sua sardinha mas dentro da democracia há e sempre haverá vozes discordantes em matérias polémicas como o aborto, a legalização das drogas, a regionalização entre outras, mas acho que o que está em causa é como estas vozes são tratadas só porque são discordantes do fio condutor que o partido a que pertecem delineou.
O que eu tento demonstrar aqui é que com os partidos políticos organizados como estão, não passamos da "cepa torta", e temos a nossa democracia, tão eloquentemente enaltecida pelos mesmos, por isso ameaçada.

Os versos da Morte

"A morte liberta o escravo,
A morte submete o rei e o papa,
E paga a cada um o seu salário,
Devolve ao pobre o que ele perde
E toma ao rico o que ele abocanha."

Hélinand de Froidmont

17 June, 2007

La preguiça

"Preguiçemos em tudo, excepto no amar e no beber, excepto no preguiçar."

Lessig

09 June, 2007

Lágrimas diferentes, Lágrimas iguais

Lágrima de Preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterlizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Madei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

António Gedeão

James W.

"Drunkenness is the great exciter of the Yes function in Man"

William James

08 June, 2007

Quem veio primeiro, a galinha ou o ovo (estrelado)?


Cantamos porque estamos contentes ou estamos contentes porque cantamos?

03 June, 2007

Uma curiosidade da vida

Tudo o que vive, é por si só algo de muito complexo.
Aquilo que existe e o próprio existir é um cenário criado por alguém que revelou ser muito, muito, muito… criativo.
Apesar do mundo muitas das vezes parecer andar ás avessas e assumirmos determinados comportamentos que contribuem mais para a involução do que para a evolução, sinto que todos sentimos, em determinados momentos, que a vida e que tudo o que a compõe, tem uma magia de encanto infinito, impensável de ser sugerida e engendrada por um bímano de geração humana.
A complexidade desta vida que vivemos é absurdamente bela e acredito que por mais evoluídos que sejamos, ser-nos-á eternamente impossível de conhecer o funcionamento do cosmo como um todo. Apesar da nossa inata sede de conhecimento e de sermos animais que aprendem durante uma vida inteira, muitas das verdades ultimas não estarão decerto ao nosso alcance.
Passado este aparte quero apresentar uma das muitas características e curiosidades que esta vida encerra.
È, na minha modesta opinião, o maior paradoxo que o “viver” tem.
Do que quero falar é do…
Oxigénio.
É um dos elementos químicos mais essenciais à vida terrestre, fazendo parte da composição da água (H2O) que todos precisamos quando nos dá a sede e do próprio ar que respiramos.
É um elemento da vida…. Que a cria e a perpetua.
Porém, e a prova de que esta vida é complexa demais e muitas vezes contraditória quanto aos seus princípios mais fundamentais, é a realidade, de que, o tal elemento que nos dá vida, também a retira. O que quero dizer, e aqui reside a curiosidade que queria deixar no “ar”, é simplesmente, que o oxigénio que nos possibilita os momentos de vida, é o mesmo que ao longo dos anos, devagarinho, nos vai tirando os anos que ainda temos da mesma. O oxigénio, elemento tão vital, acaba por ser (em ultima análise) um elemento mortal.
É tão necessário á vida, desde que somos fetos, e ao mesmo tempo contribui para nos aproximarmos da morte (dado que é um dos responsáveis pela morte das nossas células…aquele processo que globalmente chamamos de envelhecer).
A ser assim, e à luz do que sei, penso que esta curiosidade se constitui, na minha opinião, no maior dos paradoxos da vida.
Um paradoxo que acho fascinante e que é mais palpável e universal que a tão "filosofada" _condição humana_( aquela a que tantos poetas e filósofos se entregaram).
Mais universal porque é algo que não atinge só o humano, mas sim tudo o que existe e tudo o que vive.
O oxigénio enferruja certos materiais;
oxida a maçã (quando esta já não tem o que lhe protege do oxigénio _ a casca) e faz envelhecer paisagens, animais, plantas e pessoas.

…Respiramos porque vivemos e para vivermos, e ao respirar também morremos…

"O oxigénio constitui tanto um benefício quanto uma ameaça aos organismos vivos e aqueles que se capacitaram a usufruir seus benefícios tiveram, por necessidade, de desenvolver uma série de defesas contra os seus perigos"
(I. Fridovich, 1977).